Você sabe O Que é e Como Funciona a Bolsa de Valores?
Uma das principais formas de investir no mundo inteiro é através da bolsa de valores! A bolsa é um ambiente onde compradores e vendedores de diversos ativos podem realizar seus negócios.
Para conhecer com mais detalhes a nossa bolsa de valores, nesse artigo vamos comentar alguns aspectos sobre o nosso mercado:
Infelizmente no Brasil os investidores ainda não possuem tanta intimidade com a bolsa de valores. Aliás, observando a quantidade de investidores existentes em nossa bolsa, podemos ver que o número de pessoas físicas (eu e você) é muito pequeno!
De acordo com pesquisa divulgada pelo jornal a Folha de São Paulo referente a Janeiro de 2017, houve um aumento de 17% em 2016 na participação dos investidores pessoa física na bolsa.
Convertendo essa porcentagem em números, poderíamos dizer que a bolsa conta com um pouco mais de 550 mil investidores.
Parece ser muita gente não é verdade? Mais de 550 mil investidores! Esse número poderia representar facilmente a população de uma cidade média. Mas analisando a quantidade de pessoas no Brasil, esse número é muito pequeno! Muito mesmo!
De acordo com as projeções do IBGE, atualmente é bem provável que o Brasil conte com mais de 200 milhões de brasileiros!
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Ou seja, estamos falando que menos de 1% da população investe na bolsa de valores! Imagina se esse número simplesmente dobrasse!
O mercado teria uma grande valorização, uma vez que a procura aumentaria significativamente por ativos que compõem o mercado! Vamos deixar essa análise para depois, o propósito desse artigo é mostrar o que seria a bolsa de valores além é claro de instigar a mente do leitor!
Existe uma boa explicação para que a bolsa não seja alvo da grande parte dos investidores, na realidade existe uma porção de explicações.
Ao contrário de muitos outros países que possuem em suas bolsas uma quantidade relevante de pessoas investido, no Brasil temos alternativas que ao longo dos anos, acabaram sendo vais rentáveis do que a média da bolsa.
Não estamos falando de uma determinada ação, mas sim da média delas. Ou seja, se comparamos a bolsa contra o CDB, ou o Tesouro Selic, você vai acabar vendo que houve uma rentabilidade maior em títulos clássicos de renda fixa, ao invés da bolsa.
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Fato que em outros países como os Estados Unidos, não acontece. A bolsa lá tem a tendência de auferir ganhos superiores aos papéis de menor risco.
Os rendimentos maiores ofertados pelos produtos de renda fixa no Brasil acontecem devido ao alto juro. Outro detalhe que é bem diferente em outros países.
Na próxima imagem vamos mostrar as taxas de juro praticadas por alguns países, de acordo com os seus Bancos Centrais. Tudo isso é referente ao ano de 2016:
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Resumindo, o Brasil tinha quase o dobro do juro da Índia no mesmo período! É muita coisa. Nos outros países mais desenvolvidos, como o Japão Estados Unidos, e a região da União Europeia as taxas de juro são bem inferiores as tupiniquins.
Parte da explicação sobre a taxa de juro praticada no Brasil pode ver em outro artigo, segue:
Se o investidor já consegue uma remuneração relevante com ganho real, em ativos com risco bem menor, porque se aventurar na bolsa de valores, não é mesmo?
Existem bons motivos para encarar essa aventura, dentre eles os rendimentos maiores do que o normal que ainda acontecem e vão continuar acontecendo. Segue o rendimento do Ibovespa auferido no ano e 2016:
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Houve uma valorização do índice Ibovespa em mais de 38% em um único ano! Impressionante não é mesmo?
Em outro artigo em nosso blog falei um pouco sobre algumas ações que ao decorrer dos anos conseguiram devolver um belo rendimento aos seus acionistas.
Sem falar que a bolsa não é só ação. O investidor pode contar diversos ativos negociados na bolsa, dentre eles:
- Debêntures
- ETF
- Fundos Imobiliários
- Derivativos
- Commodities
- Futuros
Desses ativos mencionados, as Debêntures também são classificadas como renda fixa, sem esquecer que os FII funcionam como uma espécie de híbridos, entre a renda fixa e a renda variável. Temos artigos abordando o assunto de Fundos Imobiliários, segue:
1 – O que é bolsa de valores?
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Já sabemos que a bolsa de valores é uma opção de investimento diferente das alternativas tradicionais, como: poupança, CDB, LCI, LCA entra outras.
Mas e o funcionamento, como é? É igual aos bancos, onde podemos escolher algum ativo, e simplesmente realizar a compra, podendo acompanhar a rentabilidade diariamente? Não!
A bolsa de valores é mais complexa do que isso. Talvez, por esse motivo vejo na bolsa de valores, e no mercado em geral, uma chance de obter rendimentos maiores.
Na introdução do artigo falei sobre compradores e vendedores, a bolsa é basicamente isso. Uma grande central, onde os investidores podem negociar seus ativos.
Portanto, não existe uma espécie de contrapartida. Para ser mais especifico, você não terá um banco, ou instituição que fará a venda de um ativo, ou realizar a compra do mesmo, devolvendo o seu dinheiro quando estiver precisando liquidar sua posição.
Quando você comprar uma ação, por exemplo, estará comprando um pedaço de uma empresa. Esse pedaço vai ficar com você, em sua conta na corretora, dentro de sua carteira.
Sendo assim, os seus investimentos em ações, fundos imobiliários não contam com um vencimento por exemplo. Grande parte dos investimentos, como os CDB, LCI, LCA possuem vencimento. No caso das ações e FII isso não existe. Somente se a empresa deixar de existir, ou fechar o capital.
2 – Como funciona?
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O funcionamento da bolsa é algo bem simples, mas bem diferente ao mercado de renda fixa tradicional. Quando vamos investir em produtos de renda fixa o funcionamento é basicamente o seguinte:
- Investimento direto ou através de intermediário em determinada instituição financeira (CDB, LC, LCI, LCA de bancos, por exemplo)
- Liquidez somente no vencimento, com a possibilidade de negociação diretamente com a instituição ou através de algum mercado secundário.
- Possibilidade de investir em papéis com vencimento diário, em outras palavras, que podem ser liquidados a qualquer hora.
- Geralmente, é preciso observar se em tais produtos financeiros existe a garantia do FGC em até 250 mil reais por CPF e por instituição.
- Na grande parte das vezes os produtos esses produtos de renda fixa são atrelados ao DI, e portanto acabam rendendo diariamente, sem haver “perdas”.
- É mais difícil ver instituição que fazem a intermediação dos negócios cobrarem taxas de corretagem e até administrativas para manter os papéis em custodia.
Já quando investimentos através da bolsa de valores o negócio é diferente!
- O investimento é feito por meio de uma negociação entre o comprador e o vendedor
- A única alternativa fora a negociação entre os investidores, é por meio da oferta pública
- A oferta pública é o “ponta pé inicial” de um ativo na bolsa, através da oferta pública o ativo será vendido aos interessados que passaram a ter as ações da empresa ou cotas do FII por exemplo.
- Existe um grande risco, mas também uma excelente oportunidade quando investimentos em ações ou FII.
- Diferente dos tradicionais investimentos em renda fixa, na bolsa de valores, as suas ações, FII, ETF, Debêntures são precificadas a mercado. Ou seja, você não tem um rendimento dia após dia, mas sim um valor que o mercado está negociando o seu ativo.
- Dentre todos os ativos que já mencionamos que participam nos pregões da bolsa, de alguma forma, não possuem garantia do FGC, ou do estado por exemplo. Caso uma empresa cuja a ação é negociada na bolsa, vir a falir, o investidor infelizmente ficara com o prejuízo.
- Do mesmo jeito que as perdas podem ser totais, os ganhos podem ser infinitos. Existem ações que conseguiram se valorizar em mais de 100% em 2016, fato que pode acontecer com outras empresas durante 2017, e nos anos posteriores.
Acredito que as diferenças ficaram bem destacadas nos itens acima. Então vamos ao funcionamento propriamente dito. Tudo começa com a vontade de uma empresa de capital fechado abrir o capital no mercado.
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As empresas fazem isso observando a oportunidade de captar dinheiro mais barato. As companhias possuem diversas maneiras de conseguir dinheiro, as principais são por meio:
- Empréstimos e financiamentos bancários
- Aportes de aumento de capital dos sócios e acionistas
- Empréstimo de terceiros
- Emissão de debêntures
Através dessas quatro poções que levantamos, a empresa pode acabar tendo um grande gasto com juro. Uma vez que as pessoas, ou melhor, os credores vão esperar alguma remuneração em troca do dinheiro.
Fato que não acontece quando a empresa abriu o capital na bolsa. Ao invés de remunerar os novos acionistas da empresa, a companhia oferece a chance dos investidores e o mercado em si, de se tornarem acionistas da empresa.
Ao se tornar um acionista, o investidor terá direto em receber dividendos e juro sobre o capital. Ganhos que podem ser distribuídos aos acionistas quando a companhia consegue obter lucro.
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Nessa parte o investidor precisa prestar bastante atenção. Nem todas as empresas que possuem lucro, fazem distribuição de lucros, e nem todas as empresas conseguem obter lucro nos períodos. Ou seja, se você espera ter ganhos com dividendos será preciso ler com muitas atenção os balanços e relatórios financeiro da companhia.
Voltando ao assunto principal: realizando um estudo sobre todas as formas de captação de recursos no mercado, a empresa, enfim, reconhece que abrir o capital é a melhor opção.
Além de conseguir muito dinheiro (existe aberturas de empresas que podem chegar a casa dos bilhões de reais) a companhia iria ter um pequeno gasto com o processo (pequeno levando em consideração o valor total levantado).
Para prosseguir com o processo de abertura de capital, ou em inglês IPO (Initial Public Offering) a empresa terá que protocolar o pedido junto a bolsa de valores e os órgãos competentes.
Não vamos colocar todo o processo aqui, porque não vejo necessidade. É basicamente assim que ocorre. A companhia interessada em realizar abertura precisa entrar em contato com os órgãos competentes, para ver a viabilidade de realizar o IPO.
Durante o tramite é provável que a empresa tenha quer se adequar a normas contábeis vigentes no mercado, além de proporcionar aos futuros investidores informações que antes poderiam ser confidencias, com os números dos balanços e documentos contábeis em geral.
Quando aceito e estruturado todo o processo de abertura da companhia, então a empresa faz a sua oferta pública de ações. Essa oferta pública consiste basicamente em oferecer ao mercado as ações da empresa em troca de dinheiro.
Dependendo da avaliação, cada ação pode sair por R$ 10,00, ou R$ 15,00, enfim, qualquer valor. O investidor terá acesso ao prospecto, e pode fazer a sua reserva junto a corretoras credenciadas. Segue imagem com trecho do prospecto definitivo da oferta de BBSE3:

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